segunda-feira, 27 de junho de 2011

P'RA NÃO DIZER QUE SÓ FALEI DAS FLORES

P’RA NÃO DIZER QUE SÓ FALEI DAS FLORES.

Deitado em berço esplêndido,
ao som do mar eternamente belo.
As margens verdejantes verdes,
tão risonho e florido florão retumbante,
de um céu azul profundo,
um brado retirante ouviu-se:
Teus campos têm mais flores,
nossa gente no teu seio sem amores,
não tem leite, não tem pão,
mas, tem sede de justiça nas mãos.
A liberdade não foge à luta,
a causa é nobre e plácida
no clarão de raios fúlgidos
que brilham no céu neste instante.
O penhor de nossas vidas,
empenhadas na grandeza de um olhar,
faz o brado ser mais forte,
num sonho intenso de riqueza
que precisa terminar.
Ser mais vívido em nossos bosques,
de lá, tirar o pão e a terra trabalhar.
Oh! Juventude tão esperada
desperta-te pátria minha ensolarada,
salva a tua mãe
gentilmente dos braços do Ipiranga.
Reforça as tuas entranhas
e não permitas ser pisada
por gente estranha.
A igualdade, a liberdade e a fraternidade
são os desejos estrelados
do heróico povo que marcha
em suas margens varonil.
Já raiou o dia e a liberdade
não há mais o que esperar
quem sabe, faz a hora.
Vem, vamos estender a clava forte,
o dia já nasceu, independência ou morte,
oportunidade não é sorte
e o fraco já morreu.
Sete de setembro, vamos comemorar o quê?
em cada canto um aviso,
em cada gesto um suplício
e a cada dia um novo grito
“viva o povo e morra o rei,
grita o povo em devoção
mas, seu destino, será, viver na escuridão”?
Por Paulo Figueiredo

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