P’RA NÃO DIZER QUE SÓ FALEI DAS FLORES.
Deitado em berço esplêndido,
ao som do mar eternamente belo.
As margens verdejantes verdes,
tão risonho e florido florão retumbante,
de um céu azul profundo,
um brado retirante ouviu-se:
Teus campos têm mais flores,
nossa gente no teu seio sem amores,
não tem leite, não tem pão,
mas, tem sede de justiça nas mãos.
A liberdade não foge à luta,
a causa é nobre e plácida
no clarão de raios fúlgidos
que brilham no céu neste instante.
O penhor de nossas vidas,
empenhadas na grandeza de um olhar,
faz o brado ser mais forte,
num sonho intenso de riqueza
que precisa terminar.
Ser mais vívido em nossos bosques,
de lá, tirar o pão e a terra trabalhar.
Oh! Juventude tão esperada
desperta-te pátria minha ensolarada,
salva a tua mãe
gentilmente dos braços do Ipiranga.
Reforça as tuas entranhas
e não permitas ser pisada
por gente estranha.
A igualdade, a liberdade e a fraternidade
são os desejos estrelados
do heróico povo que marcha
em suas margens varonil.
Já raiou o dia e a liberdade
não há mais o que esperar
quem sabe, faz a hora.
Vem, vamos estender a clava forte,
o dia já nasceu, independência ou morte,
oportunidade não é sorte
e o fraco já morreu.
Sete de setembro, vamos comemorar o quê?
em cada canto um aviso,
em cada gesto um suplício
e a cada dia um novo grito
“viva o povo e morra o rei,
grita o povo em devoção
mas, seu destino, será, viver na escuridão”?
Por Paulo Figueiredo
Por Paulo Figueiredo
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