sábado, 16 de julho de 2011

A ÚLTIMA LÁGRIMA

        São 2 horas da madrugada; estou aqui acordado ao som do Bread, na voz melódica de David Gates lembrando do passado. Lindos momentos que infelizmente não voltam mais; e você que está do outro lado desta tela a me ouvir com seus olhos, tentando imaginar porque escrevo estas coisas.
        Por que não consigo dormir? ...
        Se por um momento pudesse fechar os olhos e imaginar-te a meu lado;... você que um dia me fez sentir o perfume do amor. Desejei que o tempo parasse, só para olhar teu sorriso eternamente.
        Se por um momento atravessasse a camada tênua que nos separa agora, poderia sentir o suave dom da tua voz novamente. Não me deixe te esquecer. Por onde andar, meu coração estará tão perto como doces nuvens que atravesso quando penso em ti. Nunca te esquecerei, minha lembrança é tão vívida desde que nasci. Você me deu seu melhor sorriso, me afagou em seus braços, me cobriu de beijos e ternura; como posso me esquecer logo de voce; que me acudiu quando caí, que torceu por mim quando saí de casa pela primeira vez para estudar, que esteve presente em todos os momentos do meu aprendizado. Queria ter tido tempo de te apresentar a meus filhos, sei que iria amá-los como amou a mim; mas voce partiu antes que eu pudesse ser um homem. Hoje vivo das lembranças que me deixastes.  Sei que te encontrarei um dia para  abraçar-te com aquele abraço que não pude dar, olhar em teus olhos e colher a última lágrima.
Por Paulo Figueiredo
       
       De longe veio uma sombra
e o leite quente não mais estava sobre a mesa.
O cântico do Uirapuã não mais se ouviu,
apenas um choro e um nó amargo no peito.
      Quando o vento batia de encontro às janelas,
Trazia a saudade de velhos tempos,
Onde está você?
Por Paulo Figueiredo

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